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Conclusão

Com a realização da presente dissertação, foi possível adquirir conhecimentos na área da reabilitação energética de edifícios e de implementação de medidas para a melhoria da eficiência energética, tendo sempre por base o aumento do desempenho energético-ambiental dos edifícios.

Os edifícios são responsáveis pelo consumo de 41% da energia primária na Europa, pelo que tem vindo, de forma progressiva, a constituir uma prioridade em matéria de políticas energéticas europeias e nacionais.

Em Portugal, a primeira legislação relativa ao RCCTE, remonta ao início da década de 90. Contudo, apesar desta, legislação ter constituído um passo importante em termos de politicas energéticas, não foi, por si só, suficiente para introduzir o nível de qualidade desejável em termos de desempenho energéticos-ambiental dos edifícios, com vista à redução dos consumos energéticos.

 

Relativamente aos edifícios intervencionados, no âmbito do programa P3EUP, todos eles foram licenciados e construídos antes de 2006, altura a partir da qual surge nova legislação, obrigando à certificação energética dos edifícios. Para além da certificação foram realizados planos de manutenção e planos comportamentais para todos os edifícios intervencionados. 

 

Com a implementação dos planos manutenção, é possível obter um melhor desempenho dos equipamentos e um aumento do tempo de vida útil, reduzindo os custos de exploração. Por esta razão se considera que a manutenção preventiva deverá constituir um dos principais focos de atuação da UP. 

 

Paralelamente, foram implementados os planos comportamentais, por forma a sensibilizar, formar e atribuir competências, a todos os colaboradores e utilizadores dos edifícios da UP. Apesar da alteração dos comportamentos humanos, constituir uma barreira à redução dos consumos energéticos, espera-se que, com a implementação do plano, haja um retorno no aumento da eficiência energética.   

 

A implementação de novas medidas de melhoria de eficiência energética nos edifícios, traduz-se num aumento da classe energética de cada edifício. De entre as medidas implementadas destacam-se as melhorias do desempenho energético ao nível da envolvente dos edifícios, das instalações térmicas e, finalmente, das instalações elétricas de utilização. 

Esta plataforma será um instrumento muito útil, para o gestor local de energia (GLE) no âmbito do programa ECO.AP, por forma a potenciar as boas práticas de eficiência energética.

Outra forma de promover a eficiência energética nos edifícios é a instalação de SME. No âmbito da presente dissertação foi desenvolvida uma plataforma Web, denominada “Energy Tracker”, que permite identificar os edifícios que se encontram georreferenciados no mapa e, através de uma base dados instalada num servidor, permite monitorizar permanentemente todos os consumos energéticos desses mesmos edifícios, bem como identificar e alertar quaisquer consumos anormais que se venham a verificar. Para além disso, o sistema permite também segmentar os custos de energia dependendo do período de utilização. A medição e a comparação dos consumos energéticos permitem ter a noção da variação dos consumos e, por conseguinte, dos custos energéticos envolvidos, para os quais poderá ser gerado um relatório energético. Desta forma, é possível sensibilizar os utilizadores para uma utilização racional de energia (URE). 

 

No seguimento dos sistemas capazes de promover a eficiência energética em edifícios, insere-se o sistema solar térmico, assumindo-se como a melhor forma de produção de AQS, resultando numa significativa redução dos consumos energéticos. 

Ao nível das instalações elétricas de utilização, uma das formas de promover a eficiência energética nos edifícios consistiu na elevação do fator de potência para valores próximos da unidade, através da instalação e/ou redimensionamento de BC. Desta forma, foi possível reduzir ou mesmo eliminar os encargos mensais da energia reativa consumida nas HFV nos vários edifícios intervencionados. No entanto, sugere-se que sejam inspecionadas as BC instaladas no âmbito do P3EUP, de modo a adaptar os relés varimétricos da BC, face aos novos escalões definidos nas novas regras de faturação. 

 

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